Nos últimos tempos tenho estado mais quieta, o espaço fecha-me e sinto falta do céu e das deambulações. Blue me é o grito, a busca de uma libertação, para poder ver outra vez céus com nuvens a passar por cima da minha cabeça.
O deambular dentro de um carro que já sabe sozinho para onde quero ir. A necessidade de encontrar azuis, que me azulem, e por isso as minhas antigas paisagens são agora polvilhadas deste ataque prússia, misto de revolta e contemplação.
A descoberta da cianotipia e a paixão pela fotografia como registo das deambulações e processo de pesquisa, mas também como método de representação per si, levou a esta técnica que integra o desenho e a pintura e os processos da revelação fotográfica no mesmo suporte, sem colagens, a la prima.